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Hidratação e cuidados durante os passeios são importantes para a saúde dos pets no verão

  • weinbergvet
  • 14 de fev. de 2024
  • 4 min de leitura

Se as temperaturas e a sensação térmica durante o verão já são desconfortáveis para os humanos, para os pets as condições também podem ser desagradáveis. No entanto, também existem formas para que os animais de estimação passem pela estação mais quente do ano de forma saudável.

O médico veterinário Weinerth Bergmann explica que cães não suam e todas as trocas de calor ocorrem por meio das patas, do abdome e principalmente pela boca. “Por isso, um dos primeiros sinais de calor é a língua de fora”. Neste sentido, algumas ações feitas pelos humanos para aliviar o calor também podem ser estendidas aos animais, como a colocação de cubos de gelo nos potes de água, para mantê-la em temperatura agradável. Além disso, outra dica é fazer picolés com banana, maçã, melancia, manga, pera, melão, mamão ou mesmo cenoura, sempre retirando as sementes. Basta bater no liquidificador com um copo de água. Esta também é uma dica para os pets que não costumam tomar água, precisando de incentivo.



Caso haja alguma restrição alimentar, Bergmann indica que as próprias rações ou sachês podem ser triturados e congelados, com a adição de água. As ações podem ser estendidas aos felinos, que são um pouco mais exigentes. Uma dica pode ser a instalação de uma fonte de água. “Muitos adoram água corrente”, lembra o veterinário.

Além da hidratação, o cuidado com os passeios também deve ser considerado. Assim como não é recomendado para os humanos, a exposição no período entre 10h e 16h deve ser evitada. Mais do que o desgaste físico, a prática pode levar a outros problemas. “Se você não consegue ficar descalço em um chão ou calçada de pedra, eles também não vão conseguir, como já citado, as patas são uns dos locais de troca de calor para os pets e quem já caminhou na areia da praia descalço em um dia muito quente, sabe o valor que tem um chinelo. Imagina pisar em algum piso de cimento, seria muito desconfortável”, destaca.

Outro cuidado necessário é quanto à distância e ritmo das caminhadas. Por mais que alguns pets fiquem animados, deve-se, novamente, ter bom senso, tendo em vista que o desgaste aos animais é maior. Bergmann explica que para cada passo que uma pessoa dá, os pets precisam de dois ou até quatro, tanto por andarem em quatro patas quanto pela amplitude alcançada. Se necessário, faça uma pausa para descanso. “Procurar locais mais fresquinhos e principalmente com sombra são fundamentais para aquela hora que bater o cansaço depois de uma boa corrida atrás da bolinha”.

Para algumas raças, cuidados extras podem ser seguidos, como no caso dos braquicefálicos, que possuem o focinho “achatado”, como Pug, Buldogue e Chow-chow. O veterinário lembra que devido às características físicas, eles são mais propensos a dificuldades respiratórias, com mais dificuldade na troca de calor. Por isso, requerem atenção para que não sofram com insolação ou hipertermia, por exemplo.

Além disso, outro ponto de atenção deve ser a tosa. “Muitos podem confundir uma tosa baixa com alívio para o calor, mas a pelagem serve exatamente para criar uma manta que produz uma isolação térmica. Por isso, cada raça possui um estilo de tosa específica e existem profissionais capacitados, que trabalham no dia a dia com tosa e sabem qual é o melhor corte para cada raça, são os groomers”, aponta.

Mesmo com esses cuidados, alguns pets podem apresentar sintomas indicando que algo não está certo. Bergmann aponta que episódios de vômito, diarréia ou mudança repentina de comportamento podem ser indicativos de desidratação, insolação ou hipertemia. Há, ainda, o desmaio repentino, que requer supervicionamento do médico veterinário rapidamente, ainda mais se for em um dia muito quente ou de exercício físico excessivo. “Caso uma situação dessa venha acontecer é necessário cuidado intensivo urgente”, alerta.

ViagensOs pets também podem ser levados em viagens e passeios, desde que sejam respeitadas algumas condições de segurança e conforto. No transporte, o veterinário aponta que, assim como os tutores, os animais também precisam utilizar cinto de segurança. Para isso, existem guias próprias para serem acompladas aos equipamentos, ou caixas especiais. Em viagens longas, o ideal é fazer paradas para que eles possam fazer necessidades e hidratação.

Se o destino final for a praia, o planejamento é essencial. “Lembre-se, praia é um local público, certifique se não existem proibições de pets no local de banho, respeitem as regras de cada local”, afirma. Outros pontos de atenção devem ser a identificação, caso o animal se perca, a higiene, com o recolhimento de dejetos e a manutenção dos protocolos de desvermifugação em dia.

Deve-se ter atenção com o contato dos animais com objetos na praia, seja restos de comida, objetos cortantes ou animais marinhos, por exemplo. Bergmann ainda indica que os pets também devem receber aplicação de protetor solar, principalmente nas pontas das orelhas, ao redor dos olhos e focinhos. Hidratação e supervisão são outros aspectos não podem ser deixados de lado. Além disso, o veterinário deixa uma última recomendação. “Aproveite muito o momento com seu pet, todos vão curtir muito a praia”, finaliza. Mais informações podem ser consultadas com o médico veterinário, pelo número (53) 99165-6119.



 
 
 

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